#2 Hall da Fama literário: Olhai os lírios do Campo (Erico Verissimo)- PODE CONTER SPOILERS!!!



Olá! Para o nosso 2 Hall da fama, trago o meu preferido dos preferidos, Olhai os lírios do campo. Primeiro trarei a sinopse e depois minha opinião:

Primeiro best-seller de Erico Verissimo, Olhai os lírios do campo representou uma guinada na carreira literária do escritor. Várias edições se esgotaram em poucos meses. Segundo Erico, o sucesso foi tão grande que "teve a força de arrastar consigo os romances" que publicara antes em modestas tiragens. 
Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama. Sensível, comovente, Olhai os lírios do campo é um convite à reflexão sobre os valores autênticos da vida.





Li este livro a primeira vez em 2007, quando tinha uns 12/13 anos e foi amor a primeira vista. Erico me encantou com sua narrativa e com o modo com que te aproxima do personagem. Muitas vezes eu mesma me senti como Eugênio (o protagonista da obra), e me sensibilizei com ele. O autor traz um ar muito humano ao livro, com o tipo de história que te faz acreditar que pôde ter sido vivida por alguém, além de levantar questões socias, tanto de sua época quanto semelhantes a que vivemos hoje em dia. Mesmo tendo se passado décadas de sua publicação, o livro mantém uma atemporalidade, como por exemplo, o personagem Felipe Lobo, na sua gana de crescer socialmente e no ramo de seu trabalho, vira um workaholic (viciado em trabalho), ignorando que sua esposa e filha adolescente precisam de amor e de atenção, já que ele acha que o atual status de riqueza da família suprirá tudo isso, o que não foge da realidade de muitas pessoas, sendo elas ricas ou não.
O Eugênio (meu favorito) traz consigo um misto de inferioridade e de questões pessoais que geralmente temos mas não refletimos nem com nós mesmos, mas Olívia, sua amada, tem um papel de consciência na história, ás vezes parecendo até "boazinha demais", mas deixando saudades quando se vai.

Vou parando por aqui e espero que leiam, é um clássico da nossa literatura digno de ser apreciado.






MINI BIOGRAFIA DE ERICO VERISSIMO:

Nasceu em 17 de dezembro de 1905 em Cruz Alta, no interior do Rio Grande do Sul. Trabalhou como bancário, balconista de armazém e farmacêutico até se mudar, aos 25 anos, para Porto Alegre. Na capital gaúcha, foi redator, diagramador e ilustrador da Revista do Globo, onde estreou como escritor com o conto "Ladrões de gado". Ganhou diversos prêmios por sua obra literária, como o Jabuti (1966), o Juca Pato (1967), o do PEN Clube (1972) e o da Fundação Moinho Santista (1973). Tornou-se também um bem-sucedido autor de livros infantis e tradutor de obras importantes, como Contraponto, de Aldous Huxley. Erico Verissimo morreu em 1975, antes de concluir o segundo volume de suas memórias, Solo de clarineta, publicado postumamente.



Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=01492

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