#Coluna da Mari: Solidão


Não gosto da solidão. Aliás, tem muita gente que gosta. A solidão nos faz refletir, faz nosso subconsciente empurrar até o consciente pensamentos, emoções e desejos que não gostamos ou então que não queremos ter. Em alguns casos, faz surgir o que não sabíamos carregar em nós. O ser humano é programado pra interagir, para apreciar o contato com outro de sua espécie, não necessariamente num relacionamento romântico, mas pelo fato de ter interação com outra pessoa. Morar sozinha, como é o meu caso, é muitas vezes uma experiência ansiada por muitos pois isso traz o vislumbre de uma liberdade. Porém para mim tem sido um período de descobertas, acompanhadas da solidão. Obviamente não estou abandonada e nem me vitimizando. Amadurecer é um processo solitário, não é fácil e muitas vezes não se tem aquela coragem imediata que queremos ter, ao contrário, nos faz ter que produzi-la. A solidão é uma companheira exigente, que impõe seu lugar e ocupa o espaço. É preciso aprender a lutar com ela, pra que não se transforme numa tristeza profunda e depressiva. Claro que não é uma briga leve, tem que bater muito para enfrentá-la mesmo com pouca força. Porém tenho a opinião de que no final, a vitória e a satisfação pessoal valerá a pena. Uma boa dose de solidão faz você investir em si, e ter como resultado sua melhor versão.


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