#Coluna da Mari: O que vi em Thor Amor e Trovão (contém spoilers)

 




(CONTÉM SPOILERS)

      Acredito que você já tenha ouvido falar do novo filme da série do Thor, que vem dividindo opiniões, beirando a apreciação ou não.  O filme trás o retorno de Thor após os eventos emocionantes de Vingadores Ultimato, onde o herói se vê unido aos guardiões da galáxia enquanto redescobre como herói e pessoa.
    Nesse caminho vemos que o relacionamento de Thor e Jane não dá certo devido ao medo dele de perdê-la, o que o leva a literalmente deixá-la e ao afastamento de Jane ao sentir a diferença no comportamento de Thor.
    Quando uma nova ameaça surge com Gorr, o carniceiro dos deuses, que segue em sua missão vingativa de matar os poderosos deuses ao ter sua fé abalada com a perca de sua filha e o abandono de seu povo pela divindade adorada por eles. Nesse interim, vemos que Jane está com câncer terminal, e após ser atraída por um chamado de mjolnir (o martelo de Thor) em Nova Asgard, se torna a Lady Thor.
    Durante a jornada para vencer Gorr, que acaba derrotado (porém antes conseguindo chegar a Eternidade, ser atemporal, para conseguir ressuscitar sua filha), Jane morre nos braços de seu amado, por fim descansando em Valhalla, o paraíso dos deuses e dos mortos em batalha, e Thor ficando como responsável pela filha de Gorr.
    Eu estava pensando a respeito do filme percebi que a jornada da Jane em especial me lembrou a jornada cristã. Em uma cena que Jane conversa com a rei Valquiria, ela afirma que sua esperança é conseguir ir para Valhalla, afinal o câncer a consome cada vez mais cada vez que ela usa o martelo. Eu e você podemos estar livre do câncer (doença) diferente de Jane, mas vivemos num mundo com o câncer da maldade.
     Em resposta a Jane, Valquiria diz que para que Jane consiga ir para o Valhalla, deve morrer em batalha, e assim também o é na vida cristã. Ainda que nossa batalha seja espiritual, e que nossa morte não seja numa sangrenta guerra com martelos que invocam raios, mas para que alcancemos finalmente a vida eterna, devemos dia após dia matar a carne, até chegar ao fim da batalha que é a vida. Outro ponto que também me deixou reflexiva foi o fato de Thor cuidar de "Amor", nome dado á filha de Gorr, mesmo tendo ele sido um ser cruel espalhando o terror. Thor nos momentos finais de Jane, decidi priorizar aquele momento, e deixar o rancor e raivas para trás. Aquele gesto pode ser comparado à quando perdoamos quem nos fere. Pode não mudar algo ruim, ou recuperar, mas nos transforma por dentro, nos libertando do peso e da angústia da dor.

Espero que tenham gostado do texto de hoje e até mais!




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