#Coluna da Mari: Morando sozinha
Olá galera! Primeiro post de 2023, portanto "feliz ano novo"!!! Essa semana, no dia 10 completou 4 anos que estou morando sozinha. Parece que foi ontem o primeiro dia dessa jornada.
Jornada essa á princípio muito triste, foi uma mudança inesperada, onde me vi fora das asas da minha mãe e me sentindo solitária. Minha rotina e organização de vida precisaram mudar e eu tive que começar a realmente agir como uma mulher adulta.
É claro que sei que não é a coisa mais terrível do mundo, e que diversas pessoas passam por isso, no entanto para mim em específico me levou a me deparar com coisas dentro de mim que negligenciei por anos e a enfrentar a solidão até que ela se tornasse solitude.
Chorei pra caramba, amarguei bastante, pois mesmo tendo minha família próximo e tudo mais, não é a mesma coisa de estar morando junto, você se torna responsável por suas obrigações da casa, contas e tudo o mais que vem junto, somado as questões pessoais.
Sentia a solidão me sufocando mas hoje tenho aprendido a lidar com ela e a apreciar minha própria companhia, a não sentir a angustia ao ficar sozinha em casa, e estar morando sozinha me permitiu apreciar muito mais minha família e amigos.
Me lembro que um pensamento que tive no começo de tudo foi sobre se o primeiro ano passaria, como seria, coisas assim, e cá estou eu, 4 anos depois. Passei por muita coisa, errei, cresci, amadureci, percebi que não estar mais morando com minha mãe foi o melhor.
Eu precisava deixar a dependência que tinha dela, precisava deixar de ser uma criança por assim dizer e finalmente ser a adulta que deveria. Inclusive meu relacionamento com ela deu uma melhorada, ás vezes o afastamento permite que vejamos as coisas de um ângulo melhor e compreender o outro.
Comecei também no meio disso a fazer terapia, o que me deu um apoio no quesito emocional e pessoal e embora ás vezes a solidão bata á porta, me sinto orgulhosa de mim mesma.
Já questionei a Deus o motivo para permitir isso e mais uma vez tive a prova de que Ele sabe o que faz, afinal Ele vê lá na frente, tudo que eu sei é passado e tudo o que tenho é o hoje, eu certamente não teria escolhido se pudesse, mas ainda bem que Deus não faz tudo de acordo com o que queremos.
E o mais importante, Deus nunca me abandonou e creio que outras surpresas, que poderão ser agradáveis ou não no início, me aguardam e tem muita coisa boa ainda pra mim na vida e sou extremamente grata por quem esteve e está comigo.
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