#Popcorn Time: Barbie; o que eu aprendi do filme
Sinopse: Depois de ser expulsa da Barbieland por ser uma boneca de aparência menos do que perfeita, Barbie parte para o mundo humano em busca da verdadeira felicidade.
Em resumo é esse o enredo do live action da boneca mais famosa do mundo. Não vou me aprofundar muito na questão da Barbie em si, nem na crise existencial do Ken e o confronto do machismo, mas sim em outra personagem também protagonista e com quem mais me identifiquei: Glória, a "menina" humana que outrora brincara com a versão boneca da Barbie no mundo real, e que ao interagir com a mesma na vida adulta acaba por afetar sua vida em Barbieland.
Glória é mãe de Sasha, uma adolescente com quem no início do filme não tinha uma boa relação, dificultada pela falta de tempo juntas e de um diálogo aberto. Para que a Barbie possa voltar á sua terra, precisa encontrar sua humana, ou seja Glória, e reparar o que houve de errado, afinal a frustração de Glória em seu relacionamento com a filha afetou a vida de Barbie, já que cada boneca da Barbieland tem sua versão no mundo real.
Ao longo do filme podemos ver Glória lidando com a saudade que sente em passar um tempo de qualidade com a filha, tempo este que na infância era brincando com bonecas, em especial a Barbie de Margot Robbie. Com a mente confusa e triste, Barbie sente as mesmas dores e começa a questionar seu propósito de vida.
Já Glória me chamou a atenção ao trazer alguns temas muito comuns a todas as mulheres durante um discurso para ajudar a Barbie, momento em que revela como é cansativo e difícil ser mulher em um mundo machista e que julga toda e qualquer escolha sua.
Outro ponto do filme foi em que Glória, ao recordar as brincadeiras com a filha se recorda do "eu menina" dela que surgia nesses momentos, e que na vida adulta se perdem com as obrigações. O fato de sermos adultos e maduros não significa abdicar completamente das delícias da infância de imaginar, de criar e de se divertir, e no caso de uma mulher, de cuidar e lembrar daquela garotinha que um dia fomos.
Lá para o final do filme, mãe e filha se reconectam, valorizando e vendo um lado da outra que antes não conheciam, Glória aprende a se impor mais e cuidar de si por dentro, enquanto Sasha aprende a admirar a mulher que a mãe é.
É um filme que vale muito a pena assistir, seja sozinho, com amigos ou família.
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